dialética negativa

Friday, August 11, 2017

Teoria literária II-2017-02 Anotações


Para saber o programa do curso, ver:
http://eduardoguerreirobblosso.blogspot.com.br/2017/08/teoria-literaria-i-2017-02.html

Aqui estão recolhidas passagens importantes de teóricos, críticos, poetas e escritores que serão usadas no curso.

"É porque os gêneros existem como instituição, que funcionam como “horizontes de expectativa” para os leitores, como “modelos de escritura” para os autores.", p. 49
"O gênero é o lugar de encontro da poética geral e da história literária fatual; ele é, por isso mesmo, um objeto privilegiado, o que lhe poderia valer a honra de se tornar personagem principal dos estudos literários.", p. 50
Citando Friedrich Schlegel: “A poesia deve ser simplesmente subdividida? ou deve permanecer una e indivisa? ou alternar entre separação e união? A maior parte das imagens do sistema universal poético é ainda tão grosseira e infantil quanto a que os antigos tinham do sistema astronômico antes de Copérnico. As subdivisões habituais da poesia são apenas uma construção morta para um horizonte limitado. O que se sabe fazer ou o que tem algum valor é a terra imóvel no centro. Mas no universo da própria poesia nada está em repouso, tudo devém e se transforma e se move harmoniosamente; e os cometas também têm leis imutáveis de movimento. Mas, antes que se possa calcular o curso desses astros, determinar antecipadamente sua volta, o verdadeiro sistema universal da poesia ainda não está descoberto” (Athenaeum, 434). Também os cometas obedecem a leis imutáveis. . . Os antigos sistemas só podiam descrever o o resultado morto; é preciso aprender a apresentar os gêneros como princípios dinâmicos de produção sob pena de nunca apreender o verdadeiro sistema da poesia. Talvez tenha chegado o momento de realizar o programa de Friedrich Schlegel." p. 51
"A origem dos gêneros", In: TODOROV, Tzvetan. Os gêneros do discurso. São Paulo: Martins Fontes, 1980 [1978].

Theodor Adorno
"Sob a superficie do conformismo vigente, é inconfundível o potencial destrutivo da semiformação. Ao mesmo tempo em que se apossa fetichisticamente dos bens culturais, está sempre na iminência de destruí-los."
"Teoria da semiformação" (1959). In: Pucci, Zuin, Nabuco (orgs.) Teoria crítica e inconformismo. Campinas: Autores associados, 2010. Trad. de Newton Ramos-de-Oliveira.

Guy Debord
"O espetáculo apresenta-se como uma enorme positividade indiscutível e inacessível. Ele nada mais diz senão que «o que aparece é bom, o que é bom aparece». A atitude que ele exige por princípio é esta aceitação passiva que, na verdade, ele já obteve pela sua maneira de aparecer sem réplica, pelo seu monopólio da aparência." af 12
"O espetáculo é o discurso ininterrupto que a ordem presente faz sobre si própria, o seu monólogo elogioso. É o auto-retrato do poder na época da sua gestão totalitária das condições de existência."
af .24
Sociedade do espetáculo, Guy Debord, novembro de 1967.

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