ADORNO, Theodor. Prismas: crítica cultural e sociedade. São Paulo: Ática, 2001.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BORGES, Jorge Luis. Prólogos: com um prólogo dos prólogos. Rio de Janeiro: Rocco, 1985.
CALADO, Carlos. A divina comédia dos Mutantes. São Paulo: Editora 34, 2012.
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. Uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
LÖWY, Michael. A estrela da manhã: surrealismo e marxismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
MICHAUD, Guy. Méssage poétique du symbolisme. Paris: Nizet, 1961.
PAZ, Octavio. Os filhos do barro: do romantismo à vanguarda. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.
VELOSO, Caetano. Verdade Tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
WILLER, Claudio. Os rebeldes: Geração Beat e anarquismo místico. Porto Alegre: L&PM, 2014.
WILSON, Edmund. O castelo de Axel: estudo sobre literatura imaginativa de 1870 a 1930. Trad. José. Paulo Paes. São Paulo: Companhia das Letras. 2004.
O link regular para todas as aulas síncronas será esse:
Cronograma das aulas síncronas:
05/05 Primeira aula síncrona
Nela explicarei o funcionamento do curso: a relação dos vídeos assíncronos com a aula síncrona,
modo de avaliação e textos utilizados.
12/05 Segunda aula
26/05 Terceira aula
09/06 quarta aula
intervalo de produção dos vídeos seguintes
14/07 quinta aula
21/07 sexta aula
04/08 sétima aula
18/08 oitava aula
Parte 1- Introdução do curso: Encantamento e desencantamento; desencantamento e reencantamento
Encantamento: ilusão e inefabilidade, niilismo e mística; mística e antimística; romantismo anticapitalista
Dominância do romantismo e modernismo - esquecimento do decadentismo e simbolismo
poeta pré-simbolista e simbolista: pendor antiburguês e anticlerical, orientalismo e esoterismo
poesia e música; música verbal, instrumental e cancional;
cosmopolitismo e natureza; sons, animais e plantas; meditação e drogas
boemia e contracultura: transformação comportamental
Leitura principal:
Leitura para a segunda aula síncrona, 12/05:
"Conceito de romantismo" - LÖWY Michael. SAYRE, Robert. Revolta e melancolia: o romantismo na contramão da modernidade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995, p. 28-50.
Leitura para a terceira aula síncrona, 26/05:
"Crítica romântica da sociedade" - LÖWY Michael. SAYRE, Robert. Revolta e melancolia: o romantismo na contramão da modernidade. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995, p. 51-70.
ADORNO, Theodor. Teoria estética. Lisboa: edições 70, 1982, p. 68-76. Tópicos: Comportamento mimético, aura e reprodução, montagem, construção, arte objetiva, encantamento e Aufklärung, técnica artística.
Leitura complementar:
FEDERICI, Silvia. Re-enchanting the World: Feminism and the Politics of the Commons. Oakland: PM Press, 2019, p. 188-197: "Re-enchanting the World: Technology, the Body, and the Construction of the Commons".
Leituras complementares:
BACHELARD, Gaston. A poética do devaneio. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
CERTEAU, Michel de. "Mystique". In: Le lieu de l'autre: histoire religieuse et mystique. Paris: Gallimard/Le Seuil, 2005, p. 323-343.
LARGIER, Niklaus. “Mysticism, Modernity, and the Invention of Aesthetic Experience”. Representations, Vol. 105, No. 1 (Winter 2009), p. 37-60.
WILLER, Claudio. Um obscuro encanto: gnose, gnosticismo e poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
BÖHME, Hartmut. Natur und Subjekt. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1988.
Leituras complementares dos vídeos:
ELIADE, Mircea. O xamanismo e as técnicas arcaicas do êxtase. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
ELIADE, Mircea. Historia de las creencias y de las ideas religiosas. De la Edad de Piedra a los Mistérios de Eleusis. Volumen I. Barcelona: Paidós, 1978.
ELIADE, Mircea. Mito e Realidade. São Paulo: Perspectiva, 1972.
ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. A essência das religiões. Lisboa: Livros do Brasil, 1962.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a Bruxa: Mulheres, Corpos e Acumulação Primitiva. São Paulo: Editora Elefante, 2019.
HUXLEY, Aldous. A situação humana. São Paulo: Biblioteca Azul, 2016.
INGOLD, Tim. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Petrópolis:
Vozes, 2015.
KOPENAWA, Davi. ALBERT, Bruce. A queda do céu: Palavras de um xami yanomami. Prefácio de Eduardo Viveiros de Castro. São Paulo: Companhia das letras, 2015.
PIERUCCI, António Flávio. O desencantamento do mundo: todos os passos do conceito em Max Weber. São Paulo: Editora 34, 2013.
SIMAS, Luiz Antônio. RUFINO, Luiz. Encantamento: sobre política e vida. Rio de Janeiro: Mórula, 2020.
TOLSTÓI, Liev. Uma confissão. São Paulo: Mundo Cristão, 2016.
WEBER, Max. Ensaios de sociologia. Org. H.H. Gerth e C. Wright Mills. Trad. Waltensir Dutra. Revisão técnica: Prof. Fernando Henrique Cardoso. Rio de Janeiro: LTC, 1979.
Parte 2- Antecedentes do simbolismo
Novalis: tradução de Maurice Maeterlinck: insensatez do poeta;
Baudelaire: poética maldita e ascese indispensável (Foucault), imagens de imensidão, claridade e êxtase, sobre Wagner;
Rimbaud: Carta do vidente de 1871, cultivo da alma monstruosa, desregramento dos sentidos, atingir a loucura, visão do desconhecido
Verlaine: musicalidade, sugestão, impreciosão e nuance poética ("Arte poética")
Mallarmé: "Demônio da analogia" de 1874, especulação abstrusa em torno da "voz", "murmúrio" e "entonação", intervenção do sobrenatural e angústia, "penúltima", decadência
André Gide: onipresença do paraíso, "Tratado de Narciso".
Recaptulação e conexão dos traços principais: analogia, associação sinestésica, inauguração do terreno poético e estético, ascese poética, indeterminação e imprecisão, intimidade, imensidão, alteridade cósmica e aprimoramento da visão (visionarismo moderno).
Leitura principal para a quarta aula síncrona, 09/06:
GOMES, Alvaro Cardoso. O Simbolismo, Uma Revolução Poética. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2016, p. 11 a 26.
Leituras complementares:
RAMOS, Péricles Eugênio da Silva. "Poesia simbolista". Do barroco ao modernismo. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1979, p. 210-232.
MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira: O simbolismo (1893-1902). São Paulo: Cultrix, 1966.
BALAKIAN, Anna. O simbolismo. São Paulo: Perspectiva, 2007.
Parte 3- História do decadentismo: França e Bélgica
Primeiros passos: salões de Nina de Villard, revistas, pintores, compositores, filósofos
onda mística e eventos de poesia nos cabarés, culto à Baudelaire e a junção do poeta com o revoltado
Jovens escritores belgas e sua relação com um brasileiro: João Itiberê
Ator, músico e poeta Maurice Rollinat, que publica o livro 'Névroses', de 1883 e apresenta fortes traços baudelairianos
Às avessas (À rebours) de J.-K Huysmans, onda wagneriana, explícita na Revue wagneriénne, fundada em 1885.
Polêmicas: ataque da imprensa, a importância do conceito de "alma" e sua diferença em relação ao romantismo, Maurice Maeterlinck e Émile Verhaeren.
Leitura principal da quinta aula síncrona, 14/07:
Trechos de Às avessas de J.-K Huysmans
Leituras complementares:
MERCIER, Alain. Sources Ésotériques et Occultes de la Poésie Symboliste (1870-1914). Le symbolisme français. Paris: Nizet, 1969.
MORETTO, Fulvia M. L. Caminhos do decadentismo. São Paulo: Perspectiva, 1989.
MARQUÈZE-POUEY, L. Le Mouvement décadent en France. Paris, PUF, 1986.
PIERROT, Jean. L’imaginaire décadent (1880-1900). Paris, PUF, 1977.
RICHARD, Noël. Le mouvement décadent. Paris, Nizet, 1968.
Parte 4- Transição e simbolismo
Transição: Laforgue: "sou um pessimista místico", ironia cósmica, neologismos, paisagem intelectual
Pequenas revistas, estímulos ingleses e russos, agrupamento em torno de Mallarmé e princípios de teorização de René Ghil
Jean Moréas e René Ghil, a publicação de sonetos de Mallarmé, Verlaine e outros dedicados a Wagner, a polarização interna dos grupos simbolistas, o manifesto de Moréas,
Simbolismo propriamente dito: período das batalhas (1886-1888), o estabelecimento da ideia de símbolo, a acentuação do espiritualismo e a glória de Mallarmé.
Conquista do público, respostas de críticos literários de renome, o sentimento de falta de uma teoria e a importância crescente do esoterismo
Principais teóricos do simbolismo no momento de suas concepções de síntese: Edouard Schuré, George Vanor e Charles Morice.
Charles Morice: símbolo enquanto porta para o absoluto, arte enquanto reveladora do infinito, simbolismo enquanto resolução do divórcio entre arte e religião, fase de síntese, Evangelho das correspondências
Alargamento do movimento: "viver a vida espiritual", novas pequenas revistas literárias, triunfo de Mallarmé sobre Verlaine: o salão venceu o cabaré. Novos poetas: Valéry e Gide.
Leitura principal para a quinta aula síncrona, 14/07:
Trechos de René Ghil e Mallarmé
Leituras complementares:
MICHAUD, Guy. Méssage poétique du symbolisme. Paris: Nizet, 1961.
SAGERET, Jules. La vague mystique. Paris: Flammarion, 1920.
MORICE, Charles. La littérature de Tout à l’heure. Paris: Perrin et Cie, 1889.
Parte 5- Primeira geração simbolista brasileira: os anti-clericais do Paraná
Cenáculo: Júlio Perneta, Silveira Neto e Dario Vellozo: fundação de um pólo cultural, conflito com imigrantes e Igreja.
Defesa dos índios do sul: "pelos abogíneses". Ligação entre valorização da espiritualidade indígena e esoterismo de fim do século.
Satanismo de Júlio Perneta e esoterismo de Dario Vellozo, religião da arte, escrita extravagante, nacionalismo: simbolistas como intérpretes do Brasil, peculiaridade da paisagem paranaense.
Crus e Sousa: evocações
Leitura principal para a sexta aula síncrona, 21/07:
Poemas de Júlio Perneta, Silveira Neto, Dario Vellozo e Cruz e Sousa
Crítica: BEGA, Maria Tarcisa Silva. Letras e política no Paraná: simbolistas e anticlericais na República Velha. Curitiba: Editora UFPR, 2013.
Leituras complementares:
CAMPOS, Augusto de. Re-Visão de Kilkerry. São Paulo: Brasiliense, 1985.
LINS, Vera. O poema em tempos de barbárie e outros ensaios. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2013.
LINS, Vera. Poesia e crítica: uns e outros. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2005.
VASCONCELOS JÚNIOR, Gilberto Araújo de. O poema em prosa no Brasil (1883-1898): origens e consolidação. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: UFRJ/ FL, 2014.
VERAS, Eduardo Horta Nassif. O oratório poético de Alphonsus de Guimaraens: uma leitura do Setenário das Dores de Nossa Senhora. Belo Horizonte: Relicário, 2016.
SECCHIN, Antonio Carlos. Percursos da poesia brasileira: do século XVIII ao século XXI. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.
Parte 6- simbolismo e modernismo: boemia e musicalidade
Lebensreform: Comunidade do Monte Vérita em Ascona, Suíça, boemia e comunidades alternativas
Gilka Machado e Cecília Meireles, Murilo Mendes e Jorge de Lima
Simbolismo tardio e surrealismo, católicos e progressistas, poesia e política, relação com o modernismo de 1922
Leitura principal sexta aula síncrona, 21/07:
Poemas de Gilka Machado, Cecília Meireles e Murilo Mendes
Trechos de BRETON, André. O amor louco. Lisboa: Editorial Estampa, 1971.
Primeiro Capítulo de LÖWY, Michael. A estrela da manhã: surrealismo e marxismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
BENJAMIN, Walter. “O Surrealismo: O último instantâneo da inteligência europeia”. In: Obras Escolhidas. Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo: Brasiliense, 1995, p. 21-35.
Leituras complementares:
ARAÚJO, Gilberto. “Gilka Machado: corpo, verso e prosa”. Revista Brasileira, Rio de Janeiro, Ano III, n. 80, p. 115-128, Julho-Setembro 2014.
ALBUQUERQUE, Medeiros e. “Gilka da Costa Machado - Estados de Alma”. In: Páaginas de críitica. Rio de Janeiro: Leite Riberito & Maurillo, 1920, p. 67-81.
BINGEMER, Maria Clara Lucchetti. YUNES, Eliana Lucia Madureira (org.). Murilo, Cecília e Drummond: 100 anos com Deus na poesia brasileira. Rio de Janeiro: Loyola, 20
FARRA, Maria Lucia Dal. "Prefácio". In: MACHADO, Gilka. Poesia Completa. Org. Jamyle Rkain. São Paulo: V. de Moura Mendonça, 2017, p. 18-50.
FARRA, Maria Lucia Dal. “Gilka, a maldita”. Teresa: revista de literatura brasileira, n.15, p. 117-129, 2014.
GOUVÊA, Leila Vilas Boas. Pensamento e "lirismo puro" na poesia de Cecília Meireles. São Paulo: EdUSP, 2008.
GOTLIB, Nádia Batella. Gilka Machado: a mulher e a poesia. In: DUARTE, Constância Lima (org.). Anais do 5o Seminário Nacional Mulher e Literatura: Natal, 1 a 3 de setembro de 1993. Natal: UFRN: Ed. Universitária, 1995, p. 17-30.
Parte 7- Contracultura e banda de rock Os Mutantes
Geração contracultural: protesto e abertura da consciência; Psicodelismo: cultura das drogas, busca espiritual e vanguarda do rock para as massas
Mutantes: jovens talentosos e Rogério Duprat; reformulação psicodélico do rock anterior e da MPB: tropicalismo mutante; trabalho em torno da sonoridade e experimentação
Disco de 1969: Don Quixote, 2001, Mágica, Caminhante noturno
Leitura principal para sétima aula síncrona, dia 04/08:
Audição do segundo disco de Mutantes, de 1969
Trechos de A divina comédia dos Mutantes, de Carlos Calado
sobre rock e contracultura
Leituras complementares:
DAVIS, Erik. Techgnosis : myth, magic, and religion in the information age. New York: Harmony Books, 1998.
FELINTO, Erick. Silêncio de Deus, silêncios dos homens: Babel e a sobrevivência do sagrado na literatura moderna. Porto Alegre: Sulina, 2008.
HALASZ, Judith R. The bohemian ethos: questioning work and making a scene on the lower East Side. New York: Routledge, 2015.
HANEGRAAFF, Wouter J. "Beyond the Yates Paradigm: the Study of Western Esotericism Between Counterculture and New Complexity". Aries. Amsterdam Institute for Humanities Research (AIHR), v. 1., issue 1, 2001, p. 5-37.
TURNER, Fred. From counterculture to cyberculture : Stewart Brand, the Whole Earth network, and the rise of digital utopianism. Chicago: The University of Chicago Press, 2006.
VELOSO, Caetano. Verdade Tropical. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
WILLER, Claudio. Os rebeldes: Geração Beat e anarquismo místico. Porto Alegre: L&PM, 2014.
Parte 8- Aprisionamentos e libertações da contemporaneidade