Teoria da literatura II 2012-02 sagrado e profano 1
Ginsberg ácido lisérgico traduzido por Claudio Willerhttp://claudiowiller.wordpress.com/2013/05/24/ginsberg-e-lsd-um-poema/
Não existe mais nenhuma esfera sagrada que não tenha sido profundamente imbuída de profanidade, assim como, inversamente, não existe nenhum território profano incontaminado sem sedimentos sagrados.
Es gibt keine sakrale Sphäre mehr, die nicht tief von Profanität durchdrungen wäre, wie umgekehrt kein
keimfrei profaner Raum ohne jede sakralen Ablagerungen existiert.
Türcke, Christoph. Hyperaktiv! Kritik der Aufmerksamkeitsdefizitkultur, C.H.Beck, München 2012, p. 113.
Eduardo Losso: Mistura de ódio e bondade, humildade e orgulho
Cruz e Sousa: poema de Últimos sonetos
ÓDIO SAGRADO
Ó meu ódio, meu ódio majestoso,
Meu ódio santo e puro e benfazejo,
Unge-me a fronte com teu grande beijo,
Torna-me humilde e torna-me orgulhoso.
Humilde, com os humildes generoso,
Orgulhoso com os seres sem Desejo,
Sem Bondade, sem Fé e sem lampejo
De sol fecundador e carinhoso.
Ó meu ódio, meu lábaro bendito,
Da minh'alma agitado no infinito,
Através de outros lábaros sagrados,
Ódio são, ódio bom! sé meu escudo
Contra os vilões do Amor, que infamam tudo,
Das sete torres dos mortais Pecados!
Lábaro
substantivo masculino
1 estandarte militar dos antigos romanos
2 Uso: formal.
bandeira, estandarte, pendão
Sobre a relação entre nome - susto - sagrado - maldito